sábado, 30 de junho de 2012

Tempo.

Tempo, tempo, tempo. Quantos mais envelhecemos, mais ele torna-se escasso. Ou não? A época em que vivemos não é a mais amistosa para se divagar sobre a riqueza do tempo. Tempo, tempo, tempo.

Uma dessas caminhadas.

Ao caminhar pela sua cidade, um observador atento, notará muitas situações. Principalmente, se for durante a noite. Nessas caminhadas da universidade até minha casa, um "oceano" de questões me vem a cabeça. E parece que o estar sozinho, é o combustível primordial para a estimulação mental. Enfim, hoje (na verdade, muitos dias atrás, muitos mesmo) vinha caminhando até a barca e nesse percurso me deparei com a situação de umas crianças, a um primeiro olhar mal-trapadas e demostrando ações, que numa ótica de uma moralidade cristã, estariam deslocadas de seu papel, de fato. E ao presenciar isso fiquei me indagando sobre como a humanidade conseguiu chegar a proeza de ter produzido tanto conhecimento e não ter ao mesmo tempo, criado meios de socializar tal patrimônio com outras pessoas, a fim de retirá-las de situações extremamente degradantes como as que presenciei. Até visualizo uma certa resposta. A história no mostra como o desenvolvimento dessa coisa denominada capitalismo vem desumanizando as pessoas. E nesse século o sistema cada vez mais encurrala as pessoas nessa lógica envolvente da materialização e individualismo desmedido. Penso sobre isso e me vem um desânimo, mas não o suficiente para acabar com minha esperança alimentada por algumas pessoas que tentam mudar a presente situação.